segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Mídia tem o dever de explicar o que é sustentabilidade

Por Luís Flávio Luz, da Agência Amazônia

BRASÍLIA – O foco do segundo dia da ECO2008 foi a inclusão das pessoas no processo de desenvolvimento sustentável e a construção de cidades verdes para reduzir as emissões de carbono na atmosfera. “Se você chega a uma comunidade que não tem o que comer para falar sobre consumo sustentável, parece um crime”, destacou a bióloga e filósofa Michèle Sato ao falar sobre a importância de erradicar a pobreza e a miséria, incompatíveis com a preservação ambiental.

O jornalista Washington Novaes , supervisor do Repórter Eco (TV Cultura) criticou a falta de debate nos meios de comunicação sobre as questões ambientais. Já havia feito isso em seus artigos em jornais e revistas.

“Você não encontra em nenhum jornal matérias sobre a emissão de metano pelo rebanho bovino brasileiro que é de 10 milhões de toneladas por ano”, exemplificou. “O problema é que para incluir estes assuntos o jornal tem que enfrentar entraves com o governo e com a publicidade”, completou.

Celebrar a natureza

A escritora e apresentadora da BBC de Londres Joanna Yarrow acredita que o papel da mídia é de envolver as pessoas para elas entenderem porque agir mais sustentavelmente. “No ano 2000 existiam 500 milhões de carros no mundo, em 2050 serão 5 bilhões.", disse.

"As pessoas precisam entender que é mais vantajoso ser sustentável”, afirmou a autora de “1001 maneiras de salvar o planeta”, editado no Brasil pela Publifolha.

“Temos que celebrar a natureza na organização das cidades”, explicou o arquiteto e teórico Richard Register (EUA). Segundo o especialista, cidades verdes são aquelas que usam usinas de energia solar, fazem a despavimentação de áreas para o plantio de florestas e parques no meio da cidade, reutilizam a água como uma forma de criar espaços sustentáveis, permitindo uma convivência direta com a natureza.


(Envolverde/Agência Amazônia)

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